Servidor do Detro-RJ é alvo de operação por fraude em boletos de multas do transporte intermunicipal

Por: Redação

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) deflagraram nesta segunda-feira (15) a Operação Cancellatum, que apura um esquema de adulteração de boletos bancários de multas aplicadas a permissionários do transporte intermunicipal.

A investigação teve início após uma denúncia encaminhada ao Núcleo de Inteligência do Detro. O alerta levantou suspeitas sobre a atuação de um servidor da Coordenadoria Econômica do órgão, que teria manipulado os valores das infrações, concedendo descontos irregulares que chegavam a 60% do total devido.

Auditorias confirmaram irregularidades

As primeiras auditorias internas confirmaram que boletos adulterados foram emitidos a partir do login do servidor investigado. Além disso, os técnicos do órgão identificaram acessos ao sistema em horários incomuns, como noites, fins de semana e feriados, e realizados a partir de endereços de IP residenciais — fator que reforçou a suspeita de fraude.

O levantamento apontou que as alterações não seguiam nenhum procedimento previsto em lei ou em normas internas, o que caracterizou manipulação deliberada dos valores devidos.

Busca e apreensão

Com base nos indícios, a Delegacia Especializada em Crimes Contra a Fazenda (Delfaz) cumpriu mandados de busca e apreensão em locais ligados ao servidor. Entre os materiais recolhidos estão computadores, dispositivos eletrônicos e documentos que podem servir como prova das adulterações realizadas no sistema.

Segundo os investigadores, a análise do material apreendido será fundamental para comprovar a autoria e a extensão da fraude.

Expansão das apurações

As autoridades agora apuram se outros servidores do Detro ou permissionários do transporte intermunicipal foram beneficiados pelo esquema. Há suspeita de que a prática poderia estar em operação há meses, gerando prejuízos significativos à arrecadação pública e criando um ambiente de favorecimento irregular entre permissionários.

A Polícia Civil informou que não descarta novas diligências e prisões preventivas, caso sejam identificados outros envolvidos na fraude.

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